Sintegração

No primeiro debate o grupo, em que eu estava como debatedora, discutimos sobre a relação do virtual com a vida cotidiana (com a sociedade/ tempo-espaço -- tendo como referencial o familistério), refletimos sobre a importância do exemplo do familistério e como a criação de um espaço na sociedade que seja virtual é essencial, pois pensa nos diversos usos e no processo do espaço, não somente no que se quer como resultado final, ampliando as possibilidades de desenvolvimento próprio do individuo e também ajuda a garantir a liberdade de usos e o espaço não limitaria as transformações da sociedade.

No segundo grupo de debate, em que eu participei como crítica, foi dicutido a possibilidade da magia pela experiência e não da mágica pelo truque (ou seja, pela ignorância dos processos), nesse grupo os debatedores trouxeram diferentes opniões a cerca do conceito da magia, e a opinião que prevaleceu foi que a magia como experiência não poderia ser compreendida como magia em si, já que a mágica acontece pelo desconhecimento dos processos, que uma vez conhecido se torna apenas um truque e a magia seria mais como a aceitação da ignorância. Também foi levantado o ponto que o digital por focar, muito na finalidade, no objeto em si se torna de certa forma mágico por não compreendermos os processos até a concepção de um dispositivo digital como produto. Neste grupo observei que foram discutidos aspectos interessantes e analisados diferentes pontos de vista dos debatedores e apontei minha opinião discordando do conceito principal de mágica discutido, pois considero que a mágica pode sim ser compreendida e manter o aspecto mágico, pelas sensações e experiência individual daqueles que a assistem, como por exemplo pensei nos parques da Disney, em que os visitantes podem compreender e entender os processos dos shows de luzes, fogos de artifício e da representação dos castelos mágicos que são na realidade fictícios porém ao assistir e vivênciar aquela experiência ela ainda pode parecer mágica.

No terceiro grupo de debate com a função novamente de crítica, analisei a problematização da proposta de obstáculo no contexto da abertura de possibilidades. E observei que o debate focou de certa forma no uso do objeto obsoleto dando um novo uso a ele. O objeto ou criação anterior se torna obstáculo e limita a criação de algo novo, além disso, na sociedade, quando algo novo surge (até mesmo na arquitetura) existe como reação imediata a repulsa, ignora-se essa novidade e depois de algum tempo é que se acostuma com aquilo e existe a sua aceitação. Ao mesmo tempo, outros objetos como tecnologias exige uma demanda quase constante de evolução e atualização, e isso se torna um desafio para haver a ressignificação do uso daquela tecnologia que não é  mais usada e o reestabelecimento de uma função para aquele objeto, superando ele como um obstáculo. Também foi discutido como essa capacidade de se renovar e transformar aplica-se na arquitetura, onde uma edificação que antes era uma casa pode se transformar, através mesmo de simples detalhes como movéis, uso, permanência; com a mudança de seu uso interno dos cômodos, de sua função como a transformação em uma loja ou creche e até com sua mudança completa com a demolição e a possibilidade de naquele local se construir algo completamente novo.

No quarto e último grupo que participei na discussão sobre a relação função/sentido do objeto no mundo em contraponto à abertura do não-objeto, junto com os outros colegas debatedores, discutimos inicialmente sobre o conceito do não-objeto que não havia ficado tão claro para nenhum dos membros do grupo e em conjunto tivemos a visão de que esse conceito não deveria ficar realmente tão claro uma vez que a caracterização de algo dessa maneira dependia completamente da visão de mundo e da compreensão de cada um que observasse. Também debatemos sobre como um objeto para ser atribuido uma função a ele deveria quase que necessariamente passar pela classificação de não-objeto, pois antes de ser transformado em um objeto com sentido e uso, passaria pelo estágio de ser uma matéria prima a ser trabalhada e mesmo assim, dependendo da visão de cada um esse poderia ou não classificar-se como objeto. Além disso, percebemos que uma parte de um objeto que não é um objeto em si e possui função atrelada e dependente do objeto completo, poderia ser um não-objeto, porém mesmo assim poderia ser classificado como objeto por outro ponto de vista de alguém que daria uma nova função diferente da convencional para aquela parte.

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